CULTNE - O maior acervo digital de cultura negra, no nosso canal do Youtube. Inscreva-se no canal!
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CULTNE EM RESENHA - Programa Silvia de Mendonça

CULTNE - Awurê Quintal de Madureira Completo

CULTNE - Festival Ori - Rhumor - Leo Santos

CULTNE - Coluna "Nossas Histórias" - Retrospectiva 2020

CULTNE - Rede de HistoriadorXs NegrXs - Nossas Histórias n. 17 - Samuel Rocha Ferreira

CULTNE EM RESENHA - Programa Flávia Vieira

CULTNE - Oliveira Silveira - Homenagem 50 anos do 20 de Novembro

CULTNE - Adhemar Ferreira da Silva - Dia do Atleta

CULTNE - Manifesto do Grupo Palmares em 1972 - RS

CULTNE - Rede de HistoriadorXs NegrXs - Nossas Histórias n. 16 - Edinélia Maria Oliveira

CULTNE - Banda Black Rio - Ao vivo - 2005

CULTNE - Rede de HistoriadorXs NegrXs - Nossas Histórias n. 15 - João Paulo Lopes

CULTNE EM RESENHA - Programa Jorge da Silva

CULTNE - Awurê - Deixa a gira girar

CULTNE - Festival Ori - Teaser Pós Evento

CULTNE - Rede de HistoriadorXs NegrXs - Nossas Histórias n. 14 - William Lucindo

CULTNE EM RESENHA - Programa Renaud Brazileiro

CULTNE - Poema " Consciência Negra no Brasil" - Nilma Bentes

CULTNE - Festival Ori - Luiz Gama, a voz da liberdade

CULTNE - Convenção Nacional do Negro 1986

CULTNE - Rede de HistoriadorXs NegrXs - Nossas Histórias n. 13 - Tatiane Reis

CULTNE - “A função social do afeto é o compromisso de ser feliz” - Edileuza Penha de Souza - Ep. 2

CULTNE - “Eu quero falar de amor” - Edileuza Penha de Souza - Episódio 3

CULTNE - “Descobri a magia do cinema quase aos 60” - Edileuza Penha de Souza - Episódio 4

CULTNE - “O cinema é um lugar de refúgio” - Edileuza Penha de Souza - Episódio 5

CULTNE - Festival Ori - Zumbi dos Palmares - Prof. Flávio Gomes

CULTNE - Festival ORI - Entrevista Silvana Bahia

CULTNE - Teaser da campanha Awurê 2020

CULTNE - Asas que visto -- José Jorge

CULTNE - Soul Guanabara - Agbara Dudu
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A CULTNE
Cultura Negra 100% Digital
Em 2009, lançamos o site do CULTNE - Acervo da Cultura Negra, trazendo um valioso acervo registrado ao longo de 40 anos dentro do universo afro imaginário. O maior acervo digital de cultura negra do país, disponibiliza o seu conteúdo para ser utilizado livremente em edições jornalísticas, projetos estudantis ou em qualquer atividade sem fins lucrativos, desde que citada a fonte.
A história do negro no Brasil foi marcada por grandes acontecimentos, lutas e resistências, mas a memória do país sempre foi curta e seletiva. Apesar do oficial e justo reconhecimento de Zumbi dos Palmares, muitos dos grandes artistas e líderes continuam ignorados e a história ainda privilegia a folclorização da cultura afro-brasileira.
No mundo, movimentos como os de libertação dos povos africanos nas décadas de 70 e 80, de Martin Luther King e os Panteras Negras nos EUA e da longa luta contra o apartheid na África do Sul - o que levou Nelson Mandela a dimensão de líder mundial - tiveram forte repercussão. Por aqui, surgiram importantes ações nas décadas de 40 e 50, tais como a Frente Negra Brasileira e o Teatro Experimental do Negro, de Abdias de Nascimento. Na década de 70, pensadores como a socióloga Lélia Gonzales e a antropóloga Beatriz Nascimento modernizaram o pensamento afro-brasileiro. Nesta época, nasceu o MNU (Movimento Negro Unificado), o IPCN (Instituto de Pesquisa das Culturas Negras), os Filhos de Gandhi, o Renascença Clube no Andaraí, o Jongo da Serrinha e a escola de samba Quilombo, de Mestre Candeia. Apareceram também os blocos afros de Salvador: Ilê Aiyê, Malê Debalê, Araketu e Olodum, seguidos no Rio de Janeiro pelos blocos: Axé Terê Baba, Agbara Dudu, Dudu Odara, Filhos de Dã, Lemi Ayô, Orunmilá, etc. Naquela época a estética black era o eco visual da política de libertação, dos cabelos à roupa, na música e maneiras de dançar, do James Brown ao Charme, do Soul ao Afoxé.
Já no início da década de 80, apareceram produtores atentos à toda esta movimentação e capacitados para registrar essa efervescência: Ras Adauto e Vik Birkbeck fundaram a Enúgbarijo Comunicações, que levou o nome do exu mensageiro, a Boca Coletiva. Filó Filho e Carlos Alberto Medeiros fundaram a Cor da Pele Produções, além do conceito Griot, via Quilombo Eletrônico. Com o advento das primeiras câmeras de vídeo portáteis e independentes, percorreram toda cidade do Rio de Janeiro, onde eram facilmente avistados pelas ruas, morros, avenidas, salões, além de passarem pelo Clube Palmares de Volta Redonda e filmarem os agitos nas cidades de Juiz de Fora, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo. O resultado é um gigantesco acervo de material em vídeo.
Hoje, com a revolução digital surge a oportunidade de disponibilizar todo este registro ao grande público, contribuindo de maneira efetiva para a interatividade com as gerações atuais e vindouras, sintetizando uma parte da história brasileira, que até pouco tempo era escamoteada ou ignorada por grande parte da sociedade brasileira. Atualmente, é possível gravar a história, editar rapidamente o conteúdo, jogar na rede e propagar a mensagem para todos. Como dizia o Ministro das Comunicações dos Panteras Negras: "A informação é disseminadora".
Pois bem, estamos na era da disseminação de conteúdos digitalizados, esse projeto está em sintonia com seu tempo. Agora, um rico universo de formas está disponibilizado via internet, ao alcance de apenas alguns cliques, disponível para estudos, pesquisas, jornalismo, releituras e remontagens.
Além dos arquivos históricos, o site do CULTNE hospeda novas e incessantes produções em vídeo da cultura negra brasileira. Se você possui algum material sobre o tema, em formato digital ou analógico, acesse o site, cadastre-se e ajude a aumentar o nosso acervo. Vamos contribuir para que nada mais se perca ou seja esquecido na história. Na herança africana brasileira, passado, presente e futuro são os elos que nos ligam. Esperamos que todos desfrutem desse conteúdo, interajam com o site e que a cultura brasileira saia ganhando.